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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O dom da voz


Ficamos parados nessa inercia de palavras, que vem e vão, distintas e distantes.
Essas palavras tem som, tem gosto e tem voz. São palavras que expressam um sentimento e fazem sentir a expressão, são coloridas, sem cor ou inexistentes, são doces ou salgadas, e as vezes agridoce, são palavras que sofrem por alguns segundos para sair e quando saem aliviam a alma, atingem os tímpanos e emitem todo sofrimento através de ondas sonoras, são apenas palavras, provocadas por um tremulo remexer nas cordas e por uma ideia louca de falar o que se pensa (ou não), muitas vezes apenas palavras, esquecidas em um baú ou jogadas em um finito objetivo de dizer, palavras que são esquecidas depois de ditas e lembradas por quem as ouvem (as vezes), é a forma mais comum de comunicação entre os humanos e outros seres que usam palavras para se comunicar, palavras que merecem ser pensadas e valorizadas, pois depois que elas saem elas não voltam de onde vieram, e se voltarem estarão destorcidas e com outro gosto, som e voz.

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