SEJA BEM-VINDO(A) A ESTE ESPAÇO; A ESTE ESPAÇO DE DELÍRIOS.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

pirei

estou pirando, já nem sei mais o que eu sinto ou como sentir.

apenas um detalhe

eu sinto muito a sua falta menina.
eu sinto muito a sua falta parceiros do dia-a-dia
eu sinto muito a sua falta vô
eu sinto muito a sua falta vida.

triste percepção.

mais um ano passou, são dias e horas levadas ao simples fim, que diferença faz que é dia 31 e amanha dia 1? nenhuma pois a vida vai continua intensa e triste, e os humanos não deixaram de agir como agem sendo dia 1° de janeiro de 2011 ou de 2000.
mês passado tb tinha dia 1° nem por isso festejaram mais um dia no mundo.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

sim, quero só você perdida.

como se adiantasse de algo dizer o que sinto, seu coração nunca será meu.
as vezes me perdi em caminhos, andei como uma andarilha, sim perdida, sim sozinha mas nunca sem objetivo, só que talvez os meus objetivos não fossem possíveis, talvez, até mesmo talvez, eu te amasse mesmo mas não soubesse como mostrar isso. fugir? ir para onde você estava, seguir no meio da neve até te encontrar, mas uma vez perdida e sozinha em caminhos por onde nunca andei, eu andarilha? sim, talvez esse fosse o certo mais nem sempre é o certo que queremos seguir, eu preferi ver o tempo passar, o gelo derreter, seu coração ser entregue a outra mão e meu sorriso falhar minha boca esfriar e congelar sem poder mais sorrir, perdi seu coração para alguém e jamais terei-o de novo.
só quero perdão e não perder mais, só quero uma nova chance e não me perder jamais, quero alguém pra caminhar comigo e ser minha andarilha, quero seu coração diante de toda neve derretida; e se for para se perder de novo que seja junto de ti menina fria.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

minha tristeza te faria bem?

Estava acordada, realmente eu estava acordada lembro-me que não estava sonhando, eu vi você eu vi você passar por mim vi você no mais belo sorriso passar por mim e dizer " eu preciso de você comigo, mais agora do que nunca " eu chorei chorei mesmo, derramei lágrimas sujas de dor, derramei muitas vezes lágrimas mas não como aquelas sujas de amor, eu senti você sorrir mas era um sorriso triste, acho que você sabia da minha dor, acho que você sentia minha dor..mas porque deixar de sorrir não? entreguei-lhe um bilhete e nele escrito estava  “Por mais que eu esteja triste, jamais deixarei de te mostrar o meu sorriso.” sabendo que só assim verei você sorrir, que só assim minhas lágrimas teriam algum sentido e te fazer sorrir seria meu maior motivo.

domingo, 26 de dezembro de 2010

assim dizia os timbres de uma voz solene e gostosa:

"Niguém baterá tão forte quanto a vida. Porém, não se trata de quão forte pode bater, se trata de quão forte pode ser atingido e continuar seguindo em frente. É assim que a vitória é conquistada"
Dito por 3ceiros é mais gostoso ( lucas

os últimos capítulos de uma historia

Capitulo Sete
“You’re still my obsession”

Eu nunca tinha deixado Valentina me ver chorar, eu nunca tinha deixado perceber que ela era meu ponto fraco, talvez ela soubesse, talvez não.
E quando eu estava disposta a mudar, a contar e a assumir todos os erros dela para mim, vem o que chamamos de “destino” e muda todos os nossos planos, nossas idéias, nossos ideais, nossas vidas, tinha sido assim com todo mundo, por que comigo iria ser diferente?
Eu procurei toda força restante em mim e gritei seu nome pela segunda vez, não obtive resposta.
- VALENTINA FALA COMIGO! – eu não conseguia me mover nem respirar.
Fechei os olhos em meio à escuridão e vi seu rosto novamente, todas as suas palavras voltaram a ecoar pelos meus ouvidos, todos os momentos de fraqueza se fizeram mais forte, e eu pedi, pedi para morrer.
[...]

Eu pensei ter ouvido sua voz, meus olhos estavam pesados e eu não tive coragem para abri-los, cada centímetro do meu corpo doía cada pedaço de mim sentia culpa. Deixei que todos os sentidos me deixassem novamente e eu voltei a cair num abismo profundo e sem volta.

[...]

Valentina! Por Deus! Ela onde ela estava? Não! Ela estava bem. Nada tinha acontecido com ela.
Aos poucos todos os meus sentidos foram voltando e eu fui percebendo onde eu estava, e onde eu me encontrava, não tinha nenhum sinal dela.
Eu tentei sair dali, eu tentei me mexer, só piorei as coisas, eu não conseguia conter minhas lágrimas, agora eu sabia como ela tinha se sentido durante todos esses anos: culpada.

[...]

- VALENTINA – foi tudo o que eu consegui gritar com aquele tubo pela minha garganta, e não ela não estava ali, ela não apareceu, não murmurou e não praguejou, eu estava sozinha ali. Por que eu não fui no lugar dela? Por que ela? Ela agüentaria bem sem mim. – Valen... Tina – eu já não tinha forças para dizer o nome dela e nem segurar minhas lágrimas.

Capitulo Oito
 “And nothing else matters”

Eu precisava desesperadamente de um abraço, de sentir seus cabelos sobre mim, eu não tinha idéia de quanto tempo eu já estava naquele quarto de hospital, eu não tinha idéia de como tinha chego lá, eu não tinha idéia de como eu estava, nem onde estava Valentina.

O vento balançava meu cabelo, deixando meu rosto escondido em meio às pessoas e isso evitava que elas me vissem chorando. Eu sentia todo peso do mundo em mundo em minhas costas, agora eu sabia exatamente como ela havia se sentido durante todos esses anos.
O silêncio me consumia aos poucos e nada mais voltaria a ser como era antes. E o pior de todos os silêncios era o que ela vivia, silencio que mata por dentro, corrói e por fim; destrói.

Talvez não fosse o nosso ‘destino’ permanecer junto ou vem o ‘destino’ e mudou tudo.

Meus olhos estavam vazios e opacos, há dias eu não sabia o que era sorrir e as luzes do quarto sempre ficavam acesas durante a noite.
Seu apartamento agora era meu esconderijo, suas roupas eram minhas drogas, seu travesseiro era meu mundo, eu poderia passar horas e horas deitada sobre ele, usando suas camisetas velhas e agarrada com seu urso de pelúcia.
Seu rosto se tornava cada vez mais escuro, cada dia mais se tornava uma alucinação silenciosa e mortal para mim.

Capitulo nove
“And after all”

Mesmo que eu pudesse mudar toda a minha vida, sempre irá existir o choro preso na garganta, o riso contido e a sensação de que nada é a mesma coisa.
Meus olhos estão secos, e eu não sei se conseguirei voltar a chorar um dia, eu ainda não tenho coragem para olhar fotos ou ouvir músicas que certamente me farão lembrar ela.
Minha garganta queima agora e eu ainda não consigo pedir perdão por não ter sido quem ela quis que eu fosse.
Cada canto dessa casa tem um pedaço dela, um pedaço nosso.
Eu ainda posso sentir a mesa da cozinha balançando e seus suspiros pelo quarto, minhas roupas ainda estão no armário dela, e as dela ainda estão no meu.  O som do seu riso é o que me salva durante a noite e eu tenho ouvido todos os dias a sua ultima mensagem na minha caixa postal.
Nossas fotos estão dentro de caixas, nossas vidas estão sendo embaladas e trancadas, talvez se eu continuar aqui, eu nunca consiga me libertar, afinal, ela ficaria muito melhor sem mim, e eu sou completamente dependente dela.
Eu tenho rezado, sim, eu aprendi a rezar implorando pra que alguém me tire desse mundo.
Ontem eu criei coragem, levei flores e passei um tempo lá, era como se o tempo passasse arrastado, e ela estivesse ali, sua presença era forte, hoje se tornou apenas uma vibração curta.
Ainda tem o seu perfume pela casa, eu espero abrir a porta e te encontrar com aquela camisa com a manga dobrada e mal abotoada, cheirando a tinta e café, cantarolando aquelas músicas tão velhas e pintando seus quadros.
Eu ainda espero te encontrar saindo do banho enrolada na toalha preta e enchendo a casa com o seu perfume, espero te encontrar quando eu chegar de madrugada e você não perguntar onde eu estive, mas me abraçar perguntando se eu estou bem.
Espero te ouvir brigar comigo pelos meus cabelos bagunçados e despenteados, ou pela minha falta de responsabilidade com certas coisas.
Seu rosto têm se tornado cada vez mais um borrão escuro e difuso, eu não quero ter que esquecer o seu rosto
Enfim, eu peço perdão Valentina, eu te peço perdão, por não ter coragem, por não saber viver sem você.
E se alguém estiver lendo isso hoje, talvez já seja tarde, muito tarde.
Eu te amo garota, sempre te amei, e nunca demonstrei isso a você.
“aonde quer que eu vá, levo você, no olhar. ”


Não direi adeus, direi até breve.
Melissa Fiorucci

conceito

humanos? animais sobre duas patas

partiram-me

você desistiu do que chamava de vida tão rápido, você deixou a vida por um simples medo de lutar. Talvez eu mesma que fosse tola demais para ver a mentira nisso tudo, eu mesma fui inocente para ver que ninguém luta quando está com medo, devia ter perguntado se você teria medo não se vc iria desistir.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Capitulo seis “We are always alone"



- Por mais que você diga que tem amigos, quando você para pra ver, realmente está sozinha no mundo – disse entre um gole de cerveja e um suspiro
- Pode ser que estejamos sozinhas, mas saiba que pode contar sempre comigo - estendi minha mão para ela, e ela segurou com força
- Obrigada – e um sorriso esboçou no seu lábio.
- Então, aonde vamos? – perguntei, procurando as chaves do carro na bolsa.
- Qualquer lugar serve.
- Então eu sei onde te levar – dei o ultimo gole, joguei algumas notas em cima da mesa – Vamos?
- Por Deus Valentina! São duas da manhã – ela protestou e se deixou levar.
- Oras você mesma disse que qualquer lugar servia, então que se danem as horas, seremos eu e você esta noite. – ela entrelaçou seus dedos nos meus no caminho até o carro.
- Espera - Antes que eu pudesse entrar no carro ela me prensou de encontro à porta parando sua boca centímetros antes da minha. – Se eu não fizer isso agora, posso me arrepender para o resto da vida.
- Isso o q... – não consegui terminar a frase, sua boca colou sobre a minha e sua língua buscava a minha.
- Por onde quer que você vá, leva contigo o meu amor e o quanto eu te amo. – Melissa traçou a linha do meu maxilar com o polegar e eu sequei a lágrima que caia preguiçosamente sobre sua bochecha. – promete que vai levar?
- prometo, só se você me prometer que vai me proteger sempre.
- Eu daria minha vida por isso. – seus lábios roçaram nos nós dos meus dedos
- É! Eu sei – não pude deixar de sorrir, meu primeiro sorriso sincero do dia, e ela sabia disso.
- Vamos entrar no carro e apenas dirigir – Disse abrindo a porta para ela.

[...]

No meio da estrada vazia e escura, eu não me sentia tão sozinha com ela ao meu lado, o silencio era quebrado apenas pela canção no rádio, eu podia ver seus olhos através do retrovisor, eles tinham certo ar sombrio, ela percebeu que eu olhava para ela e sorriu.
- So stand in the rain
  Stand your ground
  Stand up when it’s all crashing down – Melissa cantou junto com a música e seus dedos tocaram os meus sobre o câmbio do carro e eu não pude deixar de sorrir para ela.
- Amanhã poderíamos ver o por do sol – perguntei entrelaçando meus dedos nos dela e acariciando a palma de sua mão com o polegar.
- É... Poderíamos. – Seu olhar foi se tornando vago e ela encostou a cabeça no vidro. Tinha começado a chover. – Nossa praia acabou de morrer.
- Podemos ver o sol nascer de dentro do carro Mê. – ela sorriu para mim e intensificou o aperto nos meus dedos.

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Em meio à rodovia vazia, eu ia me distraindo entre as estações do rádio, mesmo depois de todos esses anos, o sentimento de culpa ainda me persegue, pessoas sabem ser cruéis. O refrão da nossa música começou a tocar, e uma luz forte se aproxima.
E então os pingos frios da chuva se confundiram com a primeira lágrima em meu rosto, que logo se converteu em outras lágrimas que pareciam não acabar mais.
Tentei me levantar, mas a força da gravidade foi mais forte que a minha e eu voltei a cair no chão frio, o gosto de metal voltou a invadir minha boca, meus dedos procuraram o vazio e eu então pude sentir que eu estava viva, que eu estava tendo a minha segunda chance.
Em meio à escuridão eu pude sentir meus olhos brilharem novamente, eu queria gritar.
Eu senti o ar faltar nos meus pulmões quando tentei me levantar novamente, em meio aos destroços do carro eu continuava vendo a minha vida toda passar como um filme, eu continuava a não ter forças para sair do chão e pela primeira vez na vida eu rezei para alguém aparecer ou eu morrer de vez.
Reuni toda força que consegui e consegui gritar seu nome pela escuridão.

eu nunca saberei

nossa você me feria com sua frieza, você dizia te amo mas depois vinha com duzentas pedras para me por pra baixo.Eu queria ter lido aquele livro pra você, queria mesmo recompensar o ódio que você tomou dele, um livro tão bom, uma historia tão boa, não posso deixar você sem saber dela seria egoísmo da minha parte.
me lembro quando abri ele para ler para você, sua vagabunda você dormiu, lembro que meus lindos brancos gatos miavam enquanto eu me fazia de mãe você ria, ria e pedia pelo amor de deus que eles calassem a boca eu queria mesmo que calassem para que eu pudesse te amar em qualquer lugar silencioso naquele dia. É, realmente eu não te amei aquele dia, só fui te amar depois que descobri do ódio que você passou a sentir depois de tantas mentiras, mentiras com as quais contei para te prevenir da dor, e sim causei mais dor, mesmo que eu peça perdão você não liga não aceita, ja esta com outra pessoa melhor, ou talvez pior mas está e jura por tudo que não voltara.
quando tive minha chance de ter você em meus braços, deixei vazar, você me deu uma chance, TOLA TOLA TOLA, me odeio nesse momento mais do que você no dia em que não te beijei, mas do que você no dia em que não te amei muito mais que você mesma poderia me odiar, perdi a oportunidade de saber o que eu nunca saberei, o gosto do amor o gosto de amar alguem que me ama o gosto de amar você como se fosse os últimos dias de uma vida sem fim, o gosto de amor verdadeiro e não mentirinha.
Eu nunca saberei seu sabor.

Feliz natal?

aham, muitas pessoas tem natais felizes não como naqueles que você vê em filmes americanos mas tem felizes natais, sorrisos em familia, luzes que piscam colorida-mente em todos locais, musica alta e repentinamente esquecem dos problemas, sim são felizes natais, mas me diga e quem não tem um feliz natal?  e quem não tem familia? e quem não tem moradia? foda-se não sou ele estou aqui...
Esse é o maior erro e ainda vem dizer " sou ser humano " sendo que seus atos são literalmente animais, você é uma pessoa e não um humano, pegue seu dinheiro e ao invés de investir em materiais doe, compre cestas básicas, não é dar esmola e sim ajudar o próximo, se quiser continuar a acreditar em um feliz natal acredite você esta contagiado pela epidemia de egoísmo; lembrando isso não é pra todos mais pra muitos.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

sorria você é uma moldura.

minha felicidade não importa mas, o que convém é o que habita e o que habita é ser como todos são.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

minhas portas duras

são como janelas fechadas, as portas da suas palavras são realmente como janelas fechadas, altas inseguras e duras presas à uma parede, uma grande parede ignorante e insegura; com medo de dizer sim à algo novo.
são palavras escuras e altas, palavras pra ofender pra desanimar qualquer um de fazer algo. talvez seja a sua itensão me desanimar, me deixar péssima o bastante pra que eu não faça o que você não quer feito, engraçado a minha felicidade devia te satisfazer devia ser um alivio talvez somente isso te faria bem porque tudo que eu faço nunca esta bom, mas não.. nem isso te agrada. infelizmente as palavras que eram pra ser portas pra vida, portas pra uma boa amizade se tornaram pequenas janelas, altas, inseguras, presas a uma parede de ódio e ignorância, não queria que fosse assim mas por enquanto será.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

capitulo quatro e cinco.

Capitulo quatro
“Its eyes had touched mine, in a subtle chill”

- Venha, talvez hoje seja nosso dia. – Melissa sussurrou entre um beijo e outro.
- Huhm – gemi. – Não quero.
- Valentina, você não pode continuar assim. – protestou, puxando meu cobertor. – eu não quero ver você definhar. - Algumas horas depois e mil promessas, ela me tirou da cama. – viu? Não é tão ruim assim.
- Eu... – baixei os olhos e reuni coragem. - Foi só por um segundo, e todo o tempo do mundo desapareceu, seus olhos tocaram os meus, num arrepio sutil, e eu me senti bem, pela primeira vez depois de tudo, eu me senti bem. – Eu te amo. - Melissa não esperava por isso, minhas palavras atingiram-lhe em cheio, seus olhos me fitaram sem nenhuma expressão, até que eu soltei um risinho um tanto quanto inexpressivo e seus olhos se iluminaram e ela piscou para mim.
- Doeu?
- O Que?
- Doeu dizer que me ama? – seus lábios roçaram nos meus rapidamente e eu não pude deixar de sorrir.
- Doeu! – Entrelacei meus dedos com os dela, beijando o nó do seu polegar. – Não está vendo meus braços caídos pelo chão? – Fechei os olhos esperando um tabefe, um empurrão, mas só senti seus lábios nos meus, sua língua procurando a minha, e seu braço enlaçando meu pescoço.
Quando dei por mim, minhas costas estavam contra a parede da cozinha, minhas pernas enlaçando sua cintura.
- Eu quero te foder com tudo, Valentina – disse Melissa antes de morder meu pescoço.
- Uhum. – foi tudo o que eu consegui murmurar antes dela jogar minha camiseta longe e colar sua boca na minha.
“Não! Para! Espera ai, eu não posso” – foi tudo o que eu consegui pensar antes dela me deitar na mesa e ir tirando o resto das roupas que eu usava. – “Claro que posso!”
- Diz o quanto você me quer. – Melissa sussurrou em meu ouvido antes de morder o lóbulo com força. – Diz!
- Eu... – minha voz falhou e eu tremi. – caralho!
Melissa ainda estava completamente vestida e roçava em meu sexo por cima da calça jeans, seus olhos azuis foram ficando escuros e seu olhar foi se tornando cada vez mais felino e suas unhas cravaram em minha coxa, antes dela bater em minha bunda.
- Diz! – disse mordendo meu mamilo e trilhando um caminho até meu umbigo. – Quero te ouvir dizer Valentina! – Seus dedos ameaçaram penetrar em meu sexo. – Não vai dizer?
- p... Por... Favor... – balbuciei antes de abrir os olhos.
- Tudo bem então. – ela saiu de cima de mim e beijou a ponta do meu nariz. – te vejo mais tarde. – foi caminhando até a porta. – Vista-se, pode pegar um resfriado. – piscou para mim antes de bater a porta.
- MERDA! – foi tudo o que eu consegui gritar antes de me jogar de volta na mesa e olhar para o teto.




Capitulo Cinco
Sorry I'm a little late, but hopefully still give time



O mesmo pesadelo de todas as noites voltava a me atormentar, ele já não tinha o mesmo efeito sobre mim, agora eu só acordo e choro.
Eu poderia ter evitado, mas eu decidi ficar calada, agora todos eles estão mortos. E o som do meu choro quebrou o silencio do quarto. Melissa se remexeu na cama e suas mãos me abraçaram.
- Eu estou aqui, não estou? – sua voz rouca ecoou através dos meus pensamentos. – E o que quer que você tenha feito, eu vou estar aqui.
- A culpa foi minha. – meu choro aumentava a cada soluço. – Eu poderia ter evitado.
- Não. Não poderia. Aconteceu, é por que tinha que acontecer.
- Eu sabia, e não falei nada. – Ela se ajoelhou na minha frente, segurando meu rosto entre as mãos, secando minhas lágrimas.
- Não foi culpa sua – Melissa deu ênfase a cada palavra dita e selou meus lábios.
- Eu matei aquelas pessoas Mê. Eu matei aquelas pessoas. – As palavras saiam de minha boca como rajadas de metralhadora e a atingiram em cheio no peito.
- Não. Você não matou ninguém. – Ela me puxou contra seu peito e me apertava mais a cada soluço meu. – Você sabe que a culpa não foi sua.
Seu abraço se intensificava a cada soluço meu. Não era minha amiga, minha amante que estava ali, era o colo maternal de Melissa, que sempre aparecia quando eu mais precisava.
Eu ainda me sentia responsável pela morte dos meus pais. Eu havia pressentido, e resolvi ficar calada, não contar para ninguém, deixei que eles viajassem, para nunca mais voltar.
- você não teve culpa. Você não pode evitar o que tem que acontecer.
Aos poucos eu fui deitando a cabeça em seu colo e seus dedos foram afagando meus cabelos e secando minhas lágrimas.
- Eu amo você menina. Acredite quando digo isso. – seus olhos tinham outra expressão, uma expressão que há tempos eu não via.
- Eu poderia passar o resto da minha vida aqui, desse jeito. – levantei meus braços e enlacei sua cintura.
- Se quiser, eu não saio do lugar por um bom tempo. – seus lábios formaram um sorriso doce e seu rosto foi ficando cada vez mais perto do meu.
- Eu poderia te beijar agora e estragar todo esse momento. – disse ela beijando a minha testa.
- Por quê?
- Por que esse momento não precisa de beijo algum. – beijando minha testa novamente.
- talvez. – abri os olhos e ela me olhou intrigada.
- talvez?
- É. Talvez eu diga que te amo, só para ganhar um beijo seu. – meus lábios formaram um pequeno bico e ela sorriu, ela foi aproximando sua boca da minha.
- Não. – encostando o indicador sobre meus lábios e eu plantei um beijo no mesmo. – Esse momento é outro.
Ela aos poucos foi me tirando do seu colo e foi se deitando comigo, até colar nossos corpos e me abraçar com a mesma intensidade de antes. – Hoje você precisa é disso.

Ela tinha razão, afinal, eu precisava aproveitar o pouco tempo que resta.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Capitulo três - “You know, I’m such a fool for you”


Logo a primeira lágrima se misturou com a chuva e todas outras vieram, minhas pernas cederam sob meu peso e eu escorreguei minhas costas pela porta até que encontrasse o chão. Meu coração parecia parar, minhas pupilas se dilataram, eu respirei fundo.
Eu era tão covarde, que não tinha coragem para continuar, e muito menos coragem para terminar.
Fechei meus olhos, meu coração acelerou toda a coragem que eu consegui achar em mim, serviu para virar aquele vidro de comprimidos garganta a baixo.
Nenhuma carta, nenhum bilhete, nada, era assim que tinha que ser.
De repente toda mágica se acabou, e eu não tinha controle sobre meu corpo, meu coração falhou e eu prendi a respiração.
*Melissa*

- Valentina, abre essa porta! – meu punho batia contra a madeira da porta. – Droga Valentina, abre logo! – dessa vez eu chutei a porta. – VALENTINA ABRE ESSA PORRA LOGO. – eu gritei, um vizinho curioso apareceu.
- Mas que diabos menina?
- Ela não tem o costume de deixar a chave travada na porta – passei a mão pelos olhos, eu não perderia o controle, não desta vez. – será que daria para arrombar?
- Você promete parar de gritar? – perguntou o garoto
- Abra logo! – Com alguns empurrões o garoto abriu a porta – Obrigada. – entrei porta adentro procurando o interruptor. – Valentina! – chamei sem obter resposta, a casa nunca ficava em absoluto silêncio e aquilo me deixava com uma sensação estranha no estômago.
A luz que saia pelas frestas da porta do quarto me chamou a atenção em meio à penumbra da casa. Meus dedos tocaram de leve a maçaneta fria, um arrepio correu pela minha espinha e eu empurrei a porta.
Não, não podia ser! Ela parecia dormir, a chuva forte molhava seu rosto e eu rezei pela primeira vez eu rezei para que ela estivesse viva, as palavras falharam, o ar faltou em meus pulmões.
- Valentina! – Foi à única palavra que eu consegui pronunciar, eu não tinha forças para tirá-la do chão, por um segundo tudo pareceu parar, eu notei seu peito se mexer, ela ainda estava viva. O tal garoto entrou no quarto, e me ajudou a carregá-la até o carro.
Meu peito parecia explodir a cada batida do meu coração, minhas veias pareciam carregar areia ao invés de sangue, tudo parecia mais devagar e o tempo mais depressa.
[...]

*Valentina*

Eu não sentia nenhuma parte do meu corpo, será que tudo tinha dado certo? Eu não consegui abrir os olhos, deixei então que a sensação me levasse de volta para outro lugar.
Não, eu não tinha morrido ainda. Alguém puxava um tubo grosso pela minha garganta, eu ainda estava viva. Tentei levantar a cabeça, mas só consegui sentir mais náusea do que antes, voltei a fingir que dormia.
Aos poucos eu fui acordando novamente com uma enfermeira aplicando alguma coisa em mim.
- Você teve sorte, pirralha. – Desviou os olhos para uma garota que dormia na poltrona – Essa daí não saiu do seu lado.
Tentei sentar na cama, só consegui mexer a cabeça para os lados. Acabei dormindo novamente.
Abri os olhos e encontrei os seus, um sorriso sincero.
- Da próxima vez que você fizer isso comigo, eu juro que eu morro só pra te matar de novo. – seus dedos trilharam a linha do meu maxilar.
- Eu... – tentei falar, minha voz não saiu, uma lágrima escorreu do meu olho.
- Shii, eu estou aqui, não estou? – seus dedos novamente secaram minhas lágrimas, e eu acenei afirmativamente com a cabeça. Movi os lábios, “Me dá um abraço?”, e seus braços envolveram meu pescoço, seus cabelos caíram em meu rosto e seus lábios tocaram os meus levemente. – Acho que você sai amanhã
Afundei minha cabeça no travesseiro e pedi para que o amanhã nunca chegasse, seu polegar secou a lágrima que escorreu pelo canto do meu olho e ela sorriu, ela me seguraria.

[...]

O reflexo no espelho refletia quem eu realmente era: frágil, insegura, culpada e mentirosa. Uma lágrima solitária correu pelo meu rosto e nesse momento tudo desabou, eu não tinha coragem para olhar a imagem refletida no espelho, minhas mãos transformaram-se em punhos que estilhaçaram o espelho, em meio à bagunça de cacos, lágrimas e sangue eu me deixei cair no chão, pedindo para que ninguém me encontrasse.
Quando abri os olhos, seu rosto estava perto do meu e ela sorria para mim, sorria de forma simples e delicada, seus dedos afastaram uma mecha de cabelo que caia sobre meus olhos e ela sorriu novamente mordendo o lábio inferior, suas mãos procuraram as minhas tocando de leve as feridas recém abertas e seus lábios roçaram por cada uma delas de forma maternal e carinhosa.
- Viu! Elas vão sarar – disse secando minhas lágrimas que voltavam a cair. – beijinhos curam tudo, principalmente os meus.
Eu não consegui sorrir, meus olhos não conseguiram encarar os seus e suas mãos me tiraram do meio dos cacos do espelho e me abraçaram, eu não tinha forças para não chorar.
- Chorar é a melhor forma de acreditar que tudo vai ficar bem.

delírio

É até engraçado observar, meus delírios da tarde, você ja teve seu momento de delírio hoje? aquele que você senta e pensa em coisas com as quais você não poderia partilhar com ninguém, coisas que você nunca faria ou diria?
Sabe quando você para e olhar para um local fixada-mente e pensa as seguintes coisas, o que estou fazendo? porque faço? onde vou? porque estou? Então isso é um momento de delírio, talvez essas perguntas passem despercebidas por você porque você nem pensa no que faz você apenas faz como todos, não questiona a si mesmo porque são dessas formas tais coisas.
Tire a roupa e faça de suas perguntas um delírio pessoal.

pescado

'' O que quer que você faça na vida será insignificante, mas, é muito importante que você faça, porque ninguém mais vai fazer. É como quando alguém entra na sua vida e metade de você diz: você ainda não está preparado, mas a outra metade diz: faça ela ser sua pra sempre.''

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

“Amar e desaparecer: eis coisas que andam juntas desde a eternidade. Querer amar é também estar pronto para Morrer”.

 E às vezes não existe conselho para dar. Tantas histórias inacabadas. Vidas recontadas. Fatos modificados. Por hora, precisava apenas sentir os dias que passavam cada vez mais devagar. Precisava deixar a poeira baixar e como um viciado, viver um dia de cada vez. Precisava de recomeço, só não sabia se teria forças para deixar tudo pra trás novamente.

tão proximo ao mesmo tempo tão distante;



A distancia é tanta quando estamos juntas, mesmo ao seu lado não posso ter você como quero.Mesmo estando tão próxima me sinto cada vez mais distante de você.Seria mentira dizer " estou feliz por apenas poder ver você " seria a verdade inventada mais mentirosa se afirmasse isso.
Eu quero tocar você, quero sentir seu corpo no meu, laçar meus dedos na sua nuca e minha coxa na sua cintura e não meus olhos em seu sorriso e meu riso nas suas palavras, mesmo que isso me faça feliz, também preciso sustentar minha carne não?! acho que se trata mais de saudade do que de desejo, sinto falta de você quando deixo de ver você, sinto saudade quando chego na minha casa depois do serviço olho para os lados e não vejo você, não ouço sua voz não vejo esse lindo sorriso que a cada dia me deixa mais boba afirmo e digo não sei ficar sem pensar em você.Posso estar rodeada de pessoas, de amigos, de familia, de musica, de animais e afins mas a solidão será minha unica companhia e meu pensamento será somente seu.

“Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.”


Lispector

tudo passa, ate o eterno passou;

 Faça algo diferente por si e por alguém.
A vida passa, ela não volta, ela continua, e vai indo então viva ela, não viva igual a todos e nem monotamente, pois seria perda de dias tempos e vida, não se sabe o que vem depois dela então a aproveite enquanto tem ela e renove sempre. Se apaixone, sorria, brigue, chore só não se esqueça que tudo passa e quando passa só se torna lembrança faça disso bom e não perca seu tempo lutando pelo futuro e brigando pelo passado o presente importa mais do que isso, ele constrói o futuro e um dia será passado.
Todos sabem o que você é e você pode mudar. Surpreender, melhorar viver e ser lembrado ou apenas não deixar as coisas passarem em vão.
Como todos dizem “viva e não viva em vão” eu digo “viva a vida feita de momentos”

Suba o mais alto que puder e grite a sua paz, a sua vida só você vive.

Capitulo Dois - “Nothing compares to you”

Meus olhos ardiam, minhas mãos tremiam e meus cabelos grudavam em meu pescoço, eu queria respirar e não conseguia, eu queria gritar e minha garganta não soltava som algum.
- NÃO! – arfei em meio a lágrimas e uma golfada de ar. – NÃO!
Dessa vez a porta não se abriu, ninguém entrou para ver o que tinha acontecido, e eu me senti sozinha. Procurei o interruptor e meus dedos encontraram o vazio.
- Ah, foda-se! – Levantei pelo quarto escuro e procurei abrir a porta que dava para a sacada, era quase manhã, e todas as noites eu tinha o mesmo sonho, o mesmo pesadelo me atormentava há alguns dias, eu não sabia se era um aviso ou se era algum tipo de pegadinha do meu subconsciente. Procurei meu telefone e disquei seu número
- São três horas da manhã Valentina, obrigada por me acordar! – sua voz era pastosa mista de frustração, felicidade e raiva. – O que foi? – eu queria falar e não conseguia – Valentina, fale comigo!
- Eu... Eu... Eu...
- Eu?
- Eu preciso te ver! – minhas costas deslizaram pela parede e eu sentei no chão. – Eu preciso de você!
- O que foi? – Sua voz mudou – O que aconteceu?
- Eu quero você comigo.
- Droga! – ouvi do outro lado da linha algumas coisas caírem pelo chão – Eu já estou indo. – O telefone ficou mudo.
Minha cabeça girava, meu coração continuava acelerado, minha boca estava seca e eu precisava de um cigarro, tentei levantar sem sucesso, respirei fundo e sai engatinhando até a minha bolsa na poltrona, peguei o maço e me joguei de encontro à parede novamente, ainda não tinha conseguido acender o isqueiro quando Melissa entrou pela porta do quarto e ela correu até mim.

*Narrado por Melissa*

Eu não conseguia tirar o pé do acelerador, as luzes se tornavam riscos pelos vidros do carro, alguma coisa na voz de Valentina tinha me deixado preocupada.
Quando estacionei na frente do seu prédio, subi o mais rápido que eu pude.
- Valentina! – foi tudo o que eu consegui dizer, sua expressão era de medo, pavor, seus olhos estavam vermelhos e seu rosto pálido. Ela tremia e eu não ousei tocá-la. Tirei o isqueiro de sua mão e acendi o seu cigarro. Fiquei observando-a até que ela abrisse os olhos novamente.
- Obrigada – disse com um sussurro rouco.
- Então? – fitei seus olhos amarelados – Não vai me dizer por que me acordou às três da manhã? - Seu sorriso foi simples, ela me estendeu as mãos e eu a ajudei a se levantar, suas pernas ainda tremiam e ela se jogou contra meu peito, soltando alguns soluços.
- Não me abandona.
– Shii, eu estou aqui, calma.
- Por favor, não me deixa. – Valentina suplicou entre soluços.
- Antes de tudo, somos amigas. – passei a mão pelos seus olhos, secando algumas lágrimas. – Vem, ainda temos algumas horas para dormir.
- NÃO – gritou. – Não quero dormir.
- Então vem. – puxei-a pela mão até o closet, ela se vestiu. – vamos viver tudo o que há pra viver por hoje.

                                                    ****

Meus olhos refletiam as luzes que nunca se apagavam, a mão de Melissa em minha perna me transmitia certa segurança, aquela segurança que só os amigos nos transmitem.
- Então? – sua voz cortou o silêncio que estava dentro do carro.
-Hã?
- No que tanto essa cabecinha pensa, Valentina?
- Em nada Mel, aonde nós vamos?
- Ainda não sei, mas nessa cidade não é – enquanto pegava a rodovia. – Relaxe.
- Por quê?
- Por que o que? – seus olhos me fitaram através do espelho retrovisor.
- Por que nós somos assim?
- Assim como?
- Tão... Diferentes... – sorri sem saber me expressar direito.
- Diferentes? Rá, essa é boa! Então eu gosto de ser diferente ao seu lado. - Eu não esperava por essa resposta, eu não sabia exatamente o que nós éramos, mas eu também gostava de ser diferente ao lado dela. O silêncio voltou a se estabelecer entre nós, a não ser pelo rádio do carro. - O nosso jogo não tem regra e nem juiz.
Meus lábios formaram um sorriso torto e sincero, e sua mão saiu da minha perna para seus dedos se entrelaçarem aos meus, e seu pé apertou ainda mais o acelerador, e de repente eu estava de volta ao meu sonho, o pânico voltou a tomar conta de mim, ela percebeu e sorriu para mim.
- Eu estou aqui, lembra?

[...]

Eram 05h51 quando chegamos a uma praia qualquer, meus olhos ardiam e as minhas pernas tremiam.
- O nós estamos? – perguntei procurando placas.
- Isso importa? – sua mão segurou a minha e seus lábios tocaram os meus rapidamente
- Não, não importa. – eu puxei-a para mim e a beijei. Era incrível como sua boca se encaixava perfeitamente a minha, e ela nunca exigia demais de mim. – Mas, o que exatamente viemos fazer aqui?
- Ver o sol nascer, oras. – Melissa fez uma cara de indignação. – Ou você acha que viemos nadar as 06h00 da manhã?
- Ótimo! Vamos nadar nuas! – suas mãos seguraram a minha cintura antes que eu pudesse correr até a beira-mar. – Estraga prazeres.
Ela se sentou e me colocou entre as pernas dela, apoiando seu queixo no meu ombro e abraçou minha cintura. Talvez fosse com ela que eu quisesse passar o resto dos meus dias. Talvez fosse ela a minha sina, o meu destino, o meu final.
Melissa beijou minha bochecha e sorriu talvez ela soubesse o que eu pensava, eu sorri de volta selando seus lábios.

breve terá o terceiro.

segundo R. apaixonante.

E de repente meu mundo desmorona, meus sonhos se fazem simples ratos mortos e meu dia se torna um urubu consumindo minha felicidade, ou o que resta dela longe de você.
e de repente meus sonhos não existem e meu sentimento está frio e escuro, cinza como o ar e minha mente vaga e branca como neve, você promete não deixar de existir a partir de agora?
Sinto-me inútil, não sei como lhe dizer que tudo mudou, como sempre soube sentimentos morrem e logo nascem outros.
Ouço sons de esperança, mas em minha mente não existe esperança, sinto lagrimas escorrer, mas em minha pele só resta à dor e a raiva, sinto o arrepio subir pelas minhas pernas e terminar no cangote, quando aperta o coração essa dor, mas em mim, realmente em mim só resta a carne, mas fria do que nunca.
só queria te sentir uma vez por mais que fosse acabar só queria te sentir antes de esfriar,  te sentir e sentir o que é sobrenatural, sentir o que todos dizem sentir mas não se sabe até quanto existe.

Capitulo um - “Every time she goes, she dies”



- Talvez você devesse usar roupas mais comportadas, Valentina – ela disse sentando-se completamente nua na pia do banheiro
- Por quê? – aproximei o meu corpo do dela encostando o quadril na mesma.
- Por que coisas muito ruins podem acontecer – ela descruzou as pernas, foi me puxando de encontro ao seu corpo e continuou – coisas muito ruins
- O que, por exemplo? – disse mordendo o lóbulo de sua orelha. Senti sua pele se arrepiar sobre meus dedos, seus olhos ficarem escuros, e um sorriso malicioso surgiu nos lábios da garota ruiva, seus dedos se entrelaçaram nos meus e um suspiro quebrou o silêncio.
- Vem cá – sua boca parou a milímetros da minha. Eu senti a sua língua passando nos meus lábios, um arrepio subir pela minha coluna e sua respiração se misturar com a minha, seu sorriso contra meu lábio.
Minha mão voou até seu cabelo, puxando o rabo de cavalo que prendia o mesmo, sua boca continuava parada diante da minha, mexi um pouco o rosto, senti sua boca voar até o meu pescoço, meus dedos passearam pelo seu quadril e ela voltou a sorrir trazendo sua boca de volta até a minha ainda sem me beijar, suas pernas enlaçaram minha cintura e eu reuni toda a força que tinha para levantá-la de cima da pia, mas ela empurrou tudo o que tinha em cima, para o chão e se ajeitou com as pernas ainda mais abertas.
- Minhas cois... – Ela não me deixou terminar a frase e eu senti a sua boca colando na minha, sua língua procurando a minha com voracidade e suas mãos subirem por baixo da minha blusa.
- Fodam-se as coisas – ela disse tirando minha blusa e jogando longe. – Você não precisa disso agora Valentina. – sua boca voltou a procurar meu pescoço e meus dedos se enterravam cada vez mais em seu quadril e eu implorava por mais dela, seus dedos procuraram o zíper do meu short. – O que você precisa agora é de mim. – ela murmurou antes de eu puxar os joelhos dela e fazer seu sexo bater no meu por cima do short.
- Convencida. – suspirei mordendo seu lábio inferior, suas mãos foram abrindo o zíper do meu short e seus dedos passeando pela minha coxa, meus dedos procuraram sua pele, sua boca procurava meu pescoço e minhas unhas arranharam suas costas.
Ela encostou-se à parede fria do banheiro e foi me puxando pra cima da pia, eu ajeitei uma perna de cada lado do seu corpo, em nenhum momento ela tinha me beijado, apenas mantinha nossas bocas próximas, isso me deixava ainda mais excitada, seus dedos ao cós do meu short e foram descendo o mesmo até que eu estivesse somente de calcinha.
Suas unhas cravaram em meu quadril e ela me puxou com força, fazendo seu sexo bater no meu novamente, aquilo serviu pra me excitar ainda mais.
Desci da pia e ela se prendeu a minha cintura pelas pernas, sem separar nossos lábios, eu a levei pro quarto, ela foi cravando as unhas nas minhas costas e isso me deixava ainda mais molhada, antes que ela escorregasse e caísse no chão, eu a coloquei em cima da mesa.
- Eu vou te fazer gozar hoje. – Sorri enquanto ela ia se abrindo em cima da mesinha, seus olhos ficaram ainda mais escuros quando eu me aproximei dela novamente e levantei seu quadril e terminei de retirar sua calcinha, seu sorriso era malicioso e cheio de sensualidade. Seus dedos passearam pela minha barriga e encontraram meus seios, massageando-os rapidamente, sua boca encontrou meu pescoço, seus dentes encontraram meu queixo e minha garganta. Desci meus dedos até sua virilha, passei de leve as minhas unhas nos lábios e meus dedos chegaram até seu clitóris, depois até a sua entrada. Seus olhos se arregalaram e ela me olhou com certo medo. – Pela primeira vez, goza em mim, goza pra mim hoje. – Suas mãos abandonaram meus seios e seguraram meu rosto e os meus cabelos.
- Eu te amo, Valentina. – Sua boca se encaixou na minha. – Eu preciso de você. – ela mal terminou de dizer a frase e meus dedos penetraram e seu interior se contraiu em meus dedos, eu pude senti-la sorrir contra meus lábios.
Seus dedos apertaram minha bunda e sua mão procurou afastar minhas pernas, seus dedos tocaram meu clitóris e eu senti minha coluna arrepiar, sem tirar os dedos de dentro dela, eu levantei-a novamente e dessa vez a coloquei na cama.
Posicionei-me entre as pernas dela e continuei o vai e vêm com os dedos, seus gemidos aumentaram me excitando ainda mais, afastei os lábios de seu sexo, esperei alguns segundos e abocanhei seu clitóris, que latejava e seu interior se contraiu novamente em meus dedos. Deus! Eu iria morrer essa noite. Em pouco tempo ela estava gozando, gozando em mim, gozando para mim, pela primeira vez.
Seu corpo tremia, ela sorria e me olhava de um jeito inocente.
Deitei ao seu lado e ela se levantou, deitando a cabeça no vão entre meus seios.
- Diz para mim que nada disso vai acabar. – ela ainda tremia, seus olhos continuavam escuros, e suas costas brilhavam pelo suor.
- Eu trocaria a eternidade por essa noite, garota – Beijei o topo de sua cabeça e senti seu rosto afundar ainda mais entre meus seios, eu sabia que ela não sairia dali por nada, e eu agradeci por isso, sua mão apertou o lado da minha cintura e por lá ficou, eu entendi aquele gesto que dizia “você é minha”.
Ela acabou dormindo, eu fiquei observando seu sono por algum tempo.
- Eu também te amo, Melissa, eu também preciso de você. – sussurrei e seus dedos apertaram novamente minha cintura, ela tinha ouvido o que eu disse.
Seus olhos encontraram os meus em meio ao lusco-fusco do quarto e eu pude vê-la sorrir
- Achei que você nunca diria – disse em meio ao beijo que plantava entre meus seios. – ­­­Eu preciso ir embora.
- Sempre assim, não? Transamos e você vai embora. – segurei sua mão com força, como se implorasse para que ela ficasse ali comigo.
- Você sobrevive melhor sem mim Valentina, muito melhor sem mim, acredite. – Sorriu levantando-se e procurando suas roupas.
 Toda vez que eu via sua silhueta saindo e a porta fechando, eu tinha vontade de morrer, mas não, eu nunca assumiria isso, ninguém precisava conhecer esse meu lado.