Muitos dizem por aí, Deus existe e pronto, não vamos questionar isso. Mas é fundamental para o desenvolvimento questionar as coisas e afirmações. Se não fossem os questionamentos ainda estaríamos na idade da pedra. A história nos mostra muitos exemplos de fatos trágicos que ocorrem quando se torna algo inquestionável. O exemplo mais célebre é o de Galileu. Galileu foi duramente reprimido porque afirmou que a Terra não era o centro do Universo; ela girava ao redor do Sol, um entre vários outros planetas. Hoje ninguém mais duvida de tal afirmação, porém Galileu pagou caro a sua descoberta. Foi mal compreendido pelos seus contemporâneos, que acreditavam ser uma verdade absoluta o fato de a Terra estar no centro do Universo. Galileu estava correto; foi injustamente reprimido, contudo, todos hoje reconhecem o seu mérito e devem muito à isso.
Por isso, tome cuidado ao tornar uma afirmação inquestionável: ela pode atrasar o desenvolvimento humano. Por exemplo: crença que a Terra era plana (em formato de pizza) constituiu um verdadeiro entrave na evolução da ciência durante muitos séculos. Logo, evite discriminar a pessoa que acreditam em coisas nas quais você não acredita; quem garante que você esteja certo? Aceitem as incertezas.
O ato de questionar é fundamental. Porque se nós acreditássemos em tudo que nos é falado, não precisaremos procurar novas respostas; o conhecimento estagnará e não se desenvolverá a humanidade. A par desses fatos, deve sempre se lembrar de que "Questionar é evoluir".
A afirmação considerada inquestionável por muitas pessoas é a de que Deus existe. Todavia, porque tantas pessoas crêem Nele? Por vários motivos, tradição passada de pai para filho, crença incondicional na Bíblia, "milagres" que ocorrem no dia-a-dia, à associação da idéia de Deus (ou um ser superior) a tudo que não é compreendido, afirmações da Bíblia e dos religiosos que consideram pecado questionar Deus... Enfim, serão estes motivos suficientes? A grande maioria da população mundial crê em Deus, e defendendo seu ponto de vista, apresentam vários argumentos para "comprovar" a existência Dele. Vamos analisar alguns e concluir se são válidos para comprovar a existência de Deus.
“Deus existe porque eu sinto Sua presença em mim". Neste argumento, torna-se evidente que, através dos sentidos a pessoa percebe a presença de Deus, será que tudo que a gente percebe é verdadeiro? Não. Alguns exemplos dessa afirmação:
Suponhamos que uma pessoa X não tenha conhecimentos sobre o Sistema Solar, sobre a posição e sobre o movimento da Terra no espaço. Observando o céu, ela "percebe" o Sol se movimentando, enquanto a Terra "permanece parada". Isso é percebido por qualquer um, mas será a realidade? Claro que não, sabemos que a Terra gira em torno do Sol e que ela não é o centro do universo. Suponhamos então que essa mesma pessoa visse o céu numa noite estrelada. Não sei se você já percebeu, mas parece aos sentidos dessa pessoa (ou qualquer outra) que estamos no centro de uma "bola" de vidro, e que as estrelas estão fixas, nas "bordas" dessa abóbada (os antigos acreditavam que a Terra estava localizada numa espécie de redoma, e que as estrelas se situavam nas extremidades desta). Estará essa percepção correta? Óbvio que é errada, já que as estrelas não são fixas (estão em movimento constante) e não existe nenhum hemisfério acima de nossas cabeças.
E, como último argumento, a nossa sensação de calor e frio. Nossos sentidos nos sugerem que o calor e o frio são opostos (ou seja, duas faces de uma moeda), como fogo e água, mas os cientistas já perceberam que o que nós chamamos de "frio" significa pouco calor, variando apenas a agitação térmica das moléculas. Mais uma vez, os sentidos nos enganam.
Estes casos acima nos permitem concluir que não devemos confiar nos nossos sentidos, que eles nos "pregam peças". Então, o argumento que "Deus existe porque sinto Sua presença" logo, não é válido para provar a existência de Deus.
"Deus existe porque atende às minhas preces e realiza meus desejos". Esse é o argumento mais fácil de refutar. Ora, se ele existe porque atende às minhas preces, então, se ele não atendesse às minhas preces ele não existiria? É difícil de acreditar.
Vamos supor que eu pedisse a Deus e "ele" realizasse um pedido meu, Isso tampouco, consistiria numa prova que Ele existe. Por dois motivos:
Primeiro: é de conhecimento de todos que a mente humana possui poderes extraordinários. Há pessoas que conseguem arrastar móveis com o pensamento, ler o pensamento alheio e levitar somente acreditando realmente que são capazes de tal. E a ciência já estuda esses fenômenos, estruturando a parapsicologia.
As pessoas muitas vezes associam algo que não compreendem (como pedir alguma coisa e esta ser concretizada) com a idéia de Deus, é porque não conseguem conviver com a idéia que o homem ainda não possui conhecimentos suficientes para explicar aquele fenômeno. Assim pensava-se antigamente sobre a chuva, a eletricidade, o fogo, eram fenômenos feitos por Deus, simplesmente pela única razão que não compreendiam esses fenômenos e precisavam associá-los a uma inteligência superior e onipresente.
O segundo motivo: é impossível realizar os desejos de todas as pessoas. Se todos quisessem parar de trabalhar, quem iria produzir algo? Quando se obtém um emprego (porque "Deus" quis), você está literalmente "tirando" outra pessoa que ocuparia o seu emprego se você não existisse. Quando se diz: "Graças a Deus que o homem que morreu não foi meu filho", deve-se dizer que o mesmo "Deus" que evitou a morte de seu filho, provocou a morte de outro, mostrando que desse modo não se comprova a existência de o mesmo Deus pra todos.
Enfim, o argumento "Deus existe porque atende às minhas preces e realiza meus desejos" não pode ser utilizado para comprovar uma suposta existência de Deus.
“Deus existe porque está escrito na Bíblia". Quanto a isso, nos limitamos a fazer uma pergunta: por que a Bíblia está certa? Como você tem certeza que Deus falou a Moisés e aquela história toda? Até mesmo porque os homens mentem, e foi um homem que escreveu a bíblia. Pela mesma e perigosa razão pela qual Galileu foi injustamente reprimido, um homem afirmou que o centro do universo era a terra e Galileu com toda razão foi punido por duvidar disso. toma-se algo (nesse caso, a Bíblia), como verdade absoluta. Mas muitos fatos afirmados por ela são inadmissíveis para a lógica. Vamos, por exemplo, tomar a afirmação dela que diz que nós todos descendemos de Adão e Eva.
Essa é a teoria da Bíblia: Deus criou um casal que se reproduziu e gerou descendentes, e nós estamos entre eles. Essa teoria contraria diversas leis da lógica. Vamos começar pelas mais fáceis.
Em primeiro lugar, todos nós sabemos que quando dois irmãos ou dois parentes muito próximos procriam, os filhos nascem com alto índice de anomalias e defeitos (como ausência de braços, retardamento e outros). Ora, se os filhos de Adão e Eva eram irmãos entre si, como se reproduziram normalmente? E não responda que foi porque Deus quis porque assim você está admitindo uma verdade absoluta.
Em segundo lugar, a teoria da Bíblia não explica como nasceram os brancos, os negros, os amarelos, os louros, enfim, toda a diversidade de aparências entre as pessoas (a ciência explica pela lei da Evolução Natural de Darwin).
E, em terceiro e último, a teoria que derrubou definitivamente a idéia do casal procriador, a teoria da Evolução de Darwin (ela continha alguns erros, que hoje foram aperfeiçoados, caracterizando o mutacionismo), porque essa teoria em vez de afirmar que é impossível o homem descender de um casal único, ela descobriu que nós descendemos de um antepassado comum aos macacos. E nela se encontra mais um exemplo do mal que é aceitar uma verdade como absoluta: um professor que ensinava essa teoria foi preso (nos Estados Unidos, início do século XXI) porque esta teoria estava errada (?), pois ia contra a Bíblia e a Bíblia não podia estar incorreta. Hoje, qualquer aluno de biologia estuda essa teoria, faz se às várias provas já demonstrando que ela corresponde à realidade. Vamos aos conceitos básicos da teoria de Darwin:
1 - As variações surgem nos indivíduos de uma espécie em conseqüência de alterações do material genético transmitido de pais a filhos através dos gametas. As modificações impressas aos indivíduos nessa condição são também hereditárias e se constituem em mutações, ou seja, as miscigenações entre espécies.
2 - Se algumas mutações determinam a manifestação de caracteres indesejáveis, outras, entretanto, tornam os indivíduos mais adaptados para as exigências do meio ambiente, fazendo-os mais aptos para vencer na luta pela vida em qualquer habitat.
3 - Como conseqüência da luta pela vida, resulta uma seleção natural dos mais adaptados ou mais aptos e a extinção dos menos aptos.
Assim a ciência consegue explicar, satisfatoriamente, as mudanças que ocorrem nas espécies. Por isso, cada animal é adaptado ao ambiente em que vive. Por isso existem peixes que suportam grandes pressões vivendo em grande profundidade e aves perfeitamente adaptados para o vôo. Assim sucessivas evoluções tornaram possíveis as adaptações.
Você pode dizer que os cientistas podem estar enganados; quem sabe eles não estudaram a fundo a questão?
Felizmente, eles estudaram a questão profundamente, encontrando muitas provas que a evolução é real. Vamos as principais:
Provas anatômicas - O estudo da anatomia comparada revela fatos surpreendentes que falam a favor da evolução. Observe, que a grande maioria dos mamíferos (e não só dos mamíferos, mas também dos demais vertebrados terrestres, como sapos, lagartos, crocodilos, aves) possui membros pendáctilos, isto é, com 5 dedos. Por quê? Não seria de pouco senso considerar isso apenas como uma "coincidência"? Se fosse verdade a Teoria da Criação Especial, pela qual Deus teria criado todos os seres a um só tempo, cada um independente do outro, não seria mais compreensível que os animais pudessem variar infinitamente nas suas estruturas, sem qualquer padrão de repetição? A "padronização estrutural" das espécies só tem uma explicação: o parentesco que as une no tempo, através da evolução.
Provas embriológicas - A embriologia comparada também fornece provas que reforçam a teoria da evolução. Já no século passado, Ernst Von Baker chamava a atenção para a semelhança que existe entre embriões de espécies diferentes nos estágios iniciais de desenvolvimento. Por que razão o embrião de um peixe, o de um anfíbio, o de um réptil, o de uma ave e o de um mamífero, incluindo o embrião humano, se assemelham em certo momento de sua formação? Que outra razão justifica essa semelhança senão o verdadeiro parentesco que os liga ao tronco inicial do qual resultaram todos os vertebrados atuais?
Provas bioquímicas - A busca de provas que contribuem para a confirmação da teoria da evolução assume nos dias atuais um caráter cada vez mais profundo e vigoroso. Agora, nos laboratórios das grandes universidades americanas e européias, os cientistas procuram desvendar a semelhança que aproximam seres de espécies muito distantes na complexidade bioquímica de suas células e de seus organismos. Sabe-se que as enzimas são substâncias produzidas pela atividade celular sob controle específico de genes. Ora, a cada dia descobrem-se novas enzimas que estão presentes ao mesmo tempo em organismos muito distantes uns dos outros nos sistemas de classificação dos seres. Várias enzimas digestivas do homem têm sido encontradas nas células de animais inferiores. A tripsina, por exemplo, enzima proteolítica integrante do suco pancreático e da atividade intestinal, está presente em numerosos animais, desde os protozoários até os mamíferos.
O mesmo ocorre com relação aos hormônios. Os hormônios tireoidianos do gado bovino podem ser administrados com absoluta segurança a seres humanos portadores de hipotireiodismo. Entre a hemoglobina humana e a do chipanzé não há nenhuma diferença. Mas, entre a hemoglobina humana e a do gorila, já se observa duas trocas de aminoácidos. A hemoglobina do macaco Rhesus tem 12 aminoácidos trocados em relação à nossa hemoglobina e 43 em relação à do cavalo. Como explicar a variação seqüencial dos padrões moleculares que ditam as normas desta biologia interna dos organismos se não admitirmos o mecanismo da Evolução como a melhor das justificativas?
Provas cromossômicas - Numerosos cientistas dos grandes laboratórios de pesquisa do mundo têm dedicado seus esforços no sentido de fazer um cariotipagem comparada entre organismos diversos. A comparação entre os cariótipos de espécies diferentes também parece confirmar que há um parentesco entre seres de grupos diversos. Isso é feito pela análise dos números de cromossomos nas células de animais e de plantas e por um estudo comparativo entre esses cariótipos. As diversidades de banana bem conhecidas (banana-ouro, banana-prata, banana-maçã, banana-d'água, banana-da-terra) revelam cariótipos de 22, 44, 55, 77 e 88 cromossomos, o que indica que resultam de mutações por euploidias (respectivamente; 2n=22; 4n=44; 5n=55; 7n=77; 8n=88). Já o trigo tem variedades com 14, 28 ou 42 cromossomos, que correspondem a indivíduos haplóides, diplóides e triplóides, respectivamente. Nas plantas, essas mutações cromossômicas são muito comuns e mostram a evolução das espécies.
Gorilas, chimpanzés e orangotangos possuem todos os cariótipo de 2n = 48 cromossomos. O homem possui 2n = 46, o que faz os geneticistas presumirem que tenha havido a fusão de dois pares de cromossomos no cariótipo humano em relação ao dos antropóides. O gibão (macaco asiático) possui uma constante cromossômica de 2n = 44. Deduzimos, então, que o gibão, o gorila e o chimpanzé são todos parentes afastados do homem (mas nem tão afastados assim). Outro exemplo, o rato tem 42 cromossomos nas suas células diplóides, mas o camundongo só possui 40. Essa diferença de apenas dois não é sugestiva? Enfim, tudo indica que o estudo do cariótipo comparado das espécies pode servir para mostrar o grau de parentesco entre aquelas que se mostram mais vizinhas dentro dos sistemas de classificação dos seres. E isso é suficiente para representar uma palavra a mais no arsenal de provas que confirmam a evolução.
Provas zoogeográficas - Qualquer observador atento pode notar que as faunas do hemisfério norte (América do Norte, Europa e Ásia) são bastante semelhantes entre si, num flagrante contraste com as faunas das terras do hemisfério sul (América do Sul, África e Oceania), que são sensivelmente diferentes umas das outras. No primeiro caso, os cervídeos (rena, alce, veado galheiro, as raposas, os castores, os lobos, etc), apenas com algumas diversidades regionais, próprias dos grupamentos alopáticos. Já no segundo caso, a fauna da América do Sul (onças, pequenos macacos, tatus, preguiças, tamanduás e uma grande diversidade de aves), a fauna da África (leões, tigres, rinocerontes, zebras, girafas, elefantes, gorilas etc.) e a fauna da Oceania (canguru, quivi, ornitorrinco etc.) revelam profundas diferenças. É interessante questionar a razão desse contraste.
Os geólogos são unânimes em afirmar que todos os continentes da Terra estiveram há muitos milhões de anos atrás fundidos num só, chamado de Pangéia. Há, talvez, 200 milhões de anos, a Pangéia se fragmentou em blocos, originando a Laurásia e a Godwana. Esses dois imensos blocos passaram lentamente a deslizar sobre a vasta massa de material incandescente, que fica abaixo da crosta terrestre. A Laurásia, de situação setentrional, originou a América do Norte, a Europa e a Ásia. A Godwana, situada meridionalmente, também se fragmentou, por sua vez, dando origem a América do Sul, a África, a Oceania e a Antártica. Essa conclusão passou a constituir a chamada teoria da derivação continental ou do deslizamento continental, que da na mesma (sem perder o fio da meada) pela deriva continental, as terras do hemisfério sul ficaram logo separadas. E, progressivamente, a distância entre ela se tornou cada vez maior. O isolamento das espécies em cada continente foi total. Hoje, são passados 200 milhões de anos desde que o isolamento geográfico se instalou entre aquelas populações. O somatório das mutações e o trabalho da seleção natural fizeram com que as faunas e floras destes continentes se tornassem profundamente diversificados. As terras do hemisfério norte, a despeito de se afastarem também pelo deslizamento continental, mantiveram ainda contato por muito tempo. Aliás, a Europa nunca se separou da Ásia. O isolamento que se instalou entre os animais foi em decorrência da civilização que muito se desenvolveu entre as florestas européias e asiáticas, separando-as. Por sua vez, a Ásia se manteve ligada à América do Norte por um istmo que a comunicava ao Alasca e que submergiu a cerca de vinte mil anos, dando lugar ao atual estreito de Bering. Só então houve o total isolamento das faunas da América do Norte e do bloco asiático europeu. Como se vê, as terras do norte estão separadas há pouco tempo. O isolamento entre as suas espécies é recente e por isso elas ainda não se diversificaram muito. Mais uma prova que depõe a favor da evolução. Ainda existem mais provas, como as paleontológicas, que atestam a veracidade da evolução. Mas pra não deixar isso mais cansativo não vou comentar.
Contudo, pelas provas aqui apresentadas já se observa que a evolução natural das espécies é a imagem da realidade, portanto é inaceitável a teoria bíblica do surgimento do homem. E, admitindo que a Bíblia não estivesse certa neste ponto, ninguém pode garantir que Deus existe porque ela o afirma. Logo, o argumento "Deus existe porque está escrito na Bíblia" não prova a existência de Deus.
O interessante é que, mesmo reconhecendo a evolução como um FATO, a maioria dos cientistas americanos acredita em Deus (de acordo com pesquisas, em torno de 86% dos cientistas americanos acreditam em Deus). Porém, a concepção que eles possuem em Deus é diferente daquela concepção de Deus medieval, que criou Adão e Eva, eles acreditam num Deus que criou o Universo. Mas observe que a concepção de Deus mudou! Se ela muda de acordo com as descobertas da ciência, como podemos admitir Deus como uma invariável, indiscutível, perpetuo e constante? Mais algo sugestivo para pensar...
"Deus existe porque Cristo morreu crucificado por amor a todos nós e a Seu Pai" - Primeiro: como sabemos que Cristo morreu crucificado? Por que a Bíblia fala? Já comentei sobre a bíblia.
Contudo, vamos supor que existiu Cristo, e ele morreu por acreditar em Deus e por amor à gente. Ora, se eu digo que alguém tem certeza de alguma coisa, é diferente de afirmar que aquela coisa é verdadeira. Por exemplo, Sócrates defendia conceitos próprios dele, que não eram iguais aos conceitos vigentes naquela época. Por isso, Sócrates foi condenado à morte. Na prisão anterior a sua morte, seus amigos ofereceram várias chances para a fuga dele, porém ele se recusou a fugir, dizendo que assim jamais acreditariam no que ele dizia. Morreu por amor às suas teorias. Isso não significa que as teorias dele estavam certas (aliás, muitos pontos de duas teorias eram errôneos).
Então, podemos concluir que o argumento "Deus existe porque Cristo morreu crucificado por amor a todos nós e a Seu Pai" não é válido.
“Deus existe porque alguém deve ter criado o Universo" - Esse ponto de vista, durante muito tempo, foi considerado como a "prova científica da existência de Deus". Descartes foi o filósofo que mais desenvolveu essa idéia: se tudo tem uma causa, deve existir um causa primeira, que é Deus.
Agora, uma pergunta: QUEM CRIOU DEUS? Ora, se tudo tem uma causa, então Deus deve ter sido criado. Aí você me responderia: "Deus é imaterial, ele é início e fim". Palavras bonitas são o que são. Mas você não consegue conceber algo concreto, palpável, sem uma causa, mas consegue conceber algo invisível, imaterial, "pensante" e "inteligente", sem uma causa? Não é interessante?
Colocado em outras palavras, não entendemos como tudo começou, mas não podemos atribuir tudo que não sabemos explicar a um ser superior. Pois se atribuirmos tudo a Deus, não precisaremos procurar respostas, e não foi assim que se descobriram, por exemplo, vacinas, átomos e eletricidade. Foi através do método científico, o único meio de desenvolver a humanidade.
O Porquê da crença em Deus no ocidente:
Ora, se alguém transmite uma informação, é porque é de seu interesse. Não sei se você sabe, mas o Império Romano perseguiu cristãos do século II quando surgiram seguindo os diversos Messias Judeus, perseguiu-os até o século IV. De repente, Constantino se "converteu" ao Cristianismo, e a religião Católica passou a ser a oficial de Roma. Por que essa conversão tão rápida? Um "milagre"? Claro que não.
Ao espalhar a existência de Deus, o Imperador obtinha várias vantagens
- Fim do medo da morte, conseguido através da confiança na existência de um "paraíso" após a morte, que fazia com que os soldados lutassem por seu Estado com mais coragem;
- Maior auto-confiança, com vantagens relativas ao fim do medo da morte;
- Menor sensação de solidão, amenizando pessoas de fortes depressões;
- Menos violência, pois pessoas "más" não encontram o "paraíso" após sua morte;
- Mais pessoas confiando no Estado, devido à sua forte ligação com a Igreja;
- Esperança no futuro, sendo as pessoas otimistas o suficiente para ficarem paradas esperando uma "atitude divina" contra as injustiças impostas a si.
E já que um rei poderia fácil e vantajosamente instaurar uma religião em seu Estado, por que não o faria? Ou melhor, por que as religiões existentes não são derivadas da religião antiga e aproveitadora, a qual vem sendo passada inocentemente por cada geração? Será que não foi por motivos pessoais e econômicos que a crença em Deus começou?
Manipulação da Realidade e o meio.
Você deve questionar: se os crentes em Deus pregam coisas "boas", tais como a caridade, tal pode provocar injustiças? E a resposta á afirmativa! É de conhecimento de todos que os meios influenciam bastante qualquer pessoa. Uma criança que vive na favela, convivendo com roubos, furtos, assaltos, estupros e assassinatos, possui muita probabilidade de que, quando crescer, praticar as mesmas coisas (claro que ela, em essência, pode não ser má, porém o meio influencia o indivíduo neste sentido). Então, vêm os religiosos e dizem: "as pessoas que matam e roubam são más, e arderão nas chamas do inferno". Há de concordar conosco que tal é uma injustiça! Não seria a religião um meio de perpetuar o estado de miséria existente e discriminar a população que não possui meios de subsistência?
As pessoas que tem fé em Deus são ensinadas que "questionar Deus" ou "desobedecer as ordens Dele" é um pecado grave. Não será tal uma maneira de fazer com que as pessoas acreditem em tudo e que não façam questionamentos "perigosos", induzindo-as a acreditar, por exemplo, no Governo, e que tudo um dia melhorará?
Mandamentos exclusivistas? não imagina.
Observe que os dois primeiros mandamentos de Deus são claros:
1o - "Amar a Deus sôbre tôdas as coisas."
2o - "Não tomar seu santo nome em vão."
Vamos raciocinar: os dois primeiros mandamentos que só dizem respeito a Ele, e não a nós! Ele não manda "Amar o próximo sobre todas as coisas" ou "não tomar o nome de ninguém em vão", mas manda nós o amarmos sobre todas as coisas e nunca tomar o seu nome em vão. Ou seja, a imagem de Deus se mostra completamente superior! E por que a imagem de Deus se mostra superior a nós, se ele mandou a Terra seu filho Jesus, que lavou os pés dos apóstolos e morreu por nós como um irmão, sem aparente superioridade? Não seria uma contradição? Mas se Deus é superior a nós, por que a preocupação em nos defender e nos ajudar? Se foi capaz de criar um planeta com vida, por que não cria outros? Seríamos apenas o seu passatempo predileto? Uma espécie de jogo de computador? Ou talvez seus bichinhos de estimação? Sinto-me meio Luigi.
Por muito tempo a igreja tem entrado em discussões, e saiu perdendo. Muitas teorias bíblicas estão sendo quebradas por outras, muitas não apenas consideradas aceitáveis, mas também comprovadas cientificamente.
Faz mal não acreditar na existência de Deus?
Muitas pessoas afirmam que nós não podemos deixar de acreditar em Deus, porque o homem deve se segurar numa força superior, pois senão se verá muito frágil e não terá consolo nos momentos críticos. Afirmam que quem não acredita em Deus não é feliz. Puras ilusões.
Desde quando acreditar em algo não verdadeiro (assumindo que é possível a inexistência de Deus) faz bem? Não podemos acreditar em algo só porque este nos faz bem. Aliás, é impossível que a crença em algo incorreto possa só nos trazer benefícios. Por exemplo: se pensarmos que todos os homens são "bons" e não existem assaltos, isso nos trará menos medo, mais confiança. Concordamos que tal é um benefício. Porém, por outro lado, não tomaremos medidas contra crimes, estes se proliferarão extraordinariamente rápido. Fechar os olhos à realidade nunca será o caminho certo.
t1aContinuando, nós concordamos que o homem deve procurar apoio numa "força superior". Todavia, discordamos que essa força tenha que ser Deus. Devemos procurar a explicação de tudo, pois só assim eliminaremos a fome, a miséria e as doenças do mundo. Foi assim que se descobriram a lâmpada elétrica, o telefone, a cura de doenças, a radioatividade, a circulação, os vírus e as bactérias, os avanços genéticos, entre outras maravilhas.
Quanto mais nós pesquisarmos, menores serão os nossos males. Menor será o número de doenças que nos afligem. Menor será nosso sofrimento. Contudo, o nosso texto não provou que Deus não existe. O propósito principal foi mostrar que é impossível provar a existência Dele: em outras palavras, para a ciência, Deus não tem valor. Apesar de não ser possível provar a existência de Deus, você pode perfeitamente concordar com essa analise e crer em Deus. É uma escolha pessoal. Assim como nós, não acreditamos em Deus, cada um possui o livre arbítrio de acreditar ou não Nele, só não deixe que a sua crença nele tire seu livre arbítrio. Nós só achamos que, já que não é possível mostrar a existência Dele, não há razão para acreditarmos que Ele exista.
Para algumas pessoas faz bem acreditar na existência de Deus, assim como fazia para os Gregos acreditar naquela multidão de Deuses que existia por lá, assim como para os Mo abitas adoradores de Baal-Peor, o Deus das Flatulências que protegia os intestinos e aparelhos digestores dos seus crentes, é bom às vezes ter em que acreditar desde que não vire fanatismo.
Há pessoas que param de beber, fumar, roubar, matar, se prostituir somente na fé em Deus. Mas pense bem, a ciência não pode fazer as mesmas coisas, com remédios contra vícios, esclarecimentos e conhecimentos?
Enfim, mesmo que não concorde com estes argumentos, lembre-se: "Questionar é evoluir".
acreditar em deus, devia ser uma opção e não uma lei.
ResponderExcluirEnfim, também não entendo nem nunca entendi essa história de Eva & Adão. (risos)
ResponderExcluirEntão, não conseguir ler tudo, é muiiiito grande e cansa a minha preguisa,(opa pequei)
mais deu a idéia do que se trata, eu tento manter a minha fé, me sinto melhor em tentar acreditar que existe um ser/força maior acima de nós (lixos), que está ali nos observando, mais também não entendo a sua forma de agir, cada um merece a cruz que pode carregar, mais porque pessoas "boas" também se fodem? '~'
talvez isso pode ser a minha fé!
cada um com sua opinião, forma de pensar, sua ideologia feita, influenciável... e não podemos julga-las, coisa que poderia está fazendo agora, porque não concordo com algumas coisas, mais pelo menos eu prefiro me calar!
-E viva as Opiniões-
tenho certeza que dá preguiça sim, porque pra eu conseguir postar isso aqui também tive que ler muitas coisas, apesar de nem tudo ser coisas escritas por mim. Só que eu não escrevi isso pra mudar a opinião de ninguém, por mais que isso possa acontecer, escrevi pra conscientizar, pra fazer as pessoas entenderem mais, serem menos ignorantes e até mesmo se interessar pelo assunto que abre portas para muitos... só que nem lêem as vezes, esquecendo que preguiça é pecado (ironia de ateu)e ler é conhecimento, apenas se recusam a terminar de ler, com coisa que pra mim fará diferença, a diferença será causada em você e não em mim, eu já sei a minha diferença, minha ideologia e mesmo assim eu não quero parar de ler e não tenho preguiça.
ResponderExcluirMas recapitulando, ter fé é bom e eu disse sobre isso no texto.
Ei, isso é plágio!!! (Da comuna Filosofia e Psicanálise do orkut)... rsrrsrsrs
ResponderExcluirParabéns pelo texto, muito esclarecedor...
bom, é sim quase um plagio se eu não tivesse editado algumas coisas poderia dizer que esta idêntico, mas pode-se dizer que não é o meu objetivo.
ResponderExcluireu modifiquei muita coisa pra ficar mais fácil de entender, lá esta muito complexo por ser uma comunidade de coisas complexas, mas aqui não quero que seja difícil entender o que posto.
ResponderExcluirPlágio: Violação da propriedade intelectual que se caracteriza pela imitação total ou (parcial) de obra literária alheia, inculcando-se a qualidade de seu autor.
ResponderExcluir...Quem sabe eu não tenha a minha "diferença" própria, minha ideologia formada!?
Não vamos tornar isso aqui uma "opiniao inquestionável", logo aqui?
cada um tem seu interesse, seus assuntos, se gosta de ler ou não!
Eu não sou o maior leitor do mundo, e posso ter esse direito...
Afinal é como você disse, que não tem nada haver com isso, então deixa eu me foder, lendo ou não(.)
..."Mas recapitulando, ter fé é bom e eu disse sobre isso no texto."
ResponderExcluirPelo menos pra mim é, pra você já não sei, mais creio que seja pra quem tem o mínimo de crença!
Não vi no texto essa parte que fala bem da Fé!
Provavelmente pela minha curta leitura. (hehe)
Muitas opiniões podem ser iguais, muitos ideais podem seguir o mesmo exemplo e nem por isso eles estão plagiando e somente pegando o que eles acreditam, o erro e não pensar para ter seu ideal, eu li eu modifiquei coisas pra tornar o texto mais fácil de ler, porém deixei muitas coisas como estavam e também acrescentei coisas, mas plagio poderia ser se essa não fosse a minha opinião, então somos todos plagistas de muitos compositores por ouvir suas musica e muitas vezes se identificar com ela?
ResponderExcluirEu tirei em relação a definição de Plágio, eu nem sabia que era uma "copia" do tópico da comu...
ResponderExcluirmesmo achando que foi quase um, concorda?
enfim, tou pouco me lixando pra plágio, provavelmente ele deve ter copiado de outro lugar, e nem ter tido a sua coragem de modifica-lo.
Olha, não somos plágistas em escutar ou se identificar com músicas, afinal é essa sua finalidade, eles querem vender e só, a comparação foi infeliz, agora grava um cd com músicas de segundos sem ter seus direitos, ai você ver o que é plágio. (ashuhsauhusa)
ai vou ver a fúria de um produtor.. porém a comparação não foi infeliz foi o que eu achei mais fácil de se entender, poderia ter feito uma mais complicada, mas o blog não foi feito só pra pessoas com um vocábulo imenso.
ResponderExcluirExato!!!
ResponderExcluirprocessos, brigas e tribunais...isso que entendi com a sua explicação.
Perdão pelo infeliz.
...Use o difícil tbm, quem não sabe procura, isso é conhecimento!
e alguns que não sabem, desistem. Prefiro ver dessa forma.
ResponderExcluir...Prefiro essas pessoas distantes, curiosidade tem que ser usada nesses momentos, e só!
ResponderExcluirmais fica a sua escolha.
afirmei sobre isso porque a primeira pessoa que comentou aqui não sentiu curiosidade em ler por o texto ser grande e meio complicado, sendo que eu mudei o máximo pra simplificar o entendimento, eu não perdi a esperança na curiosidade das pessoas mais prefiro evitar confusões mentais.
ResponderExcluirTalvez não tenha faltado curiosidade (pra ele),
ResponderExcluirquem sabe o assunto é que o tal pode não querer discutir, afinal pode está "falando mal" de sua religião, de seu Deus...
Garanto que não faltou curiosidade pra ele ler outros posts, amarradão.
-assassinei a primeira pessoa nesse comentário-
é.
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