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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

capitulo quatro e cinco.

Capitulo quatro
“Its eyes had touched mine, in a subtle chill”

- Venha, talvez hoje seja nosso dia. – Melissa sussurrou entre um beijo e outro.
- Huhm – gemi. – Não quero.
- Valentina, você não pode continuar assim. – protestou, puxando meu cobertor. – eu não quero ver você definhar. - Algumas horas depois e mil promessas, ela me tirou da cama. – viu? Não é tão ruim assim.
- Eu... – baixei os olhos e reuni coragem. - Foi só por um segundo, e todo o tempo do mundo desapareceu, seus olhos tocaram os meus, num arrepio sutil, e eu me senti bem, pela primeira vez depois de tudo, eu me senti bem. – Eu te amo. - Melissa não esperava por isso, minhas palavras atingiram-lhe em cheio, seus olhos me fitaram sem nenhuma expressão, até que eu soltei um risinho um tanto quanto inexpressivo e seus olhos se iluminaram e ela piscou para mim.
- Doeu?
- O Que?
- Doeu dizer que me ama? – seus lábios roçaram nos meus rapidamente e eu não pude deixar de sorrir.
- Doeu! – Entrelacei meus dedos com os dela, beijando o nó do seu polegar. – Não está vendo meus braços caídos pelo chão? – Fechei os olhos esperando um tabefe, um empurrão, mas só senti seus lábios nos meus, sua língua procurando a minha, e seu braço enlaçando meu pescoço.
Quando dei por mim, minhas costas estavam contra a parede da cozinha, minhas pernas enlaçando sua cintura.
- Eu quero te foder com tudo, Valentina – disse Melissa antes de morder meu pescoço.
- Uhum. – foi tudo o que eu consegui murmurar antes dela jogar minha camiseta longe e colar sua boca na minha.
“Não! Para! Espera ai, eu não posso” – foi tudo o que eu consegui pensar antes dela me deitar na mesa e ir tirando o resto das roupas que eu usava. – “Claro que posso!”
- Diz o quanto você me quer. – Melissa sussurrou em meu ouvido antes de morder o lóbulo com força. – Diz!
- Eu... – minha voz falhou e eu tremi. – caralho!
Melissa ainda estava completamente vestida e roçava em meu sexo por cima da calça jeans, seus olhos azuis foram ficando escuros e seu olhar foi se tornando cada vez mais felino e suas unhas cravaram em minha coxa, antes dela bater em minha bunda.
- Diz! – disse mordendo meu mamilo e trilhando um caminho até meu umbigo. – Quero te ouvir dizer Valentina! – Seus dedos ameaçaram penetrar em meu sexo. – Não vai dizer?
- p... Por... Favor... – balbuciei antes de abrir os olhos.
- Tudo bem então. – ela saiu de cima de mim e beijou a ponta do meu nariz. – te vejo mais tarde. – foi caminhando até a porta. – Vista-se, pode pegar um resfriado. – piscou para mim antes de bater a porta.
- MERDA! – foi tudo o que eu consegui gritar antes de me jogar de volta na mesa e olhar para o teto.




Capitulo Cinco
Sorry I'm a little late, but hopefully still give time



O mesmo pesadelo de todas as noites voltava a me atormentar, ele já não tinha o mesmo efeito sobre mim, agora eu só acordo e choro.
Eu poderia ter evitado, mas eu decidi ficar calada, agora todos eles estão mortos. E o som do meu choro quebrou o silencio do quarto. Melissa se remexeu na cama e suas mãos me abraçaram.
- Eu estou aqui, não estou? – sua voz rouca ecoou através dos meus pensamentos. – E o que quer que você tenha feito, eu vou estar aqui.
- A culpa foi minha. – meu choro aumentava a cada soluço. – Eu poderia ter evitado.
- Não. Não poderia. Aconteceu, é por que tinha que acontecer.
- Eu sabia, e não falei nada. – Ela se ajoelhou na minha frente, segurando meu rosto entre as mãos, secando minhas lágrimas.
- Não foi culpa sua – Melissa deu ênfase a cada palavra dita e selou meus lábios.
- Eu matei aquelas pessoas Mê. Eu matei aquelas pessoas. – As palavras saiam de minha boca como rajadas de metralhadora e a atingiram em cheio no peito.
- Não. Você não matou ninguém. – Ela me puxou contra seu peito e me apertava mais a cada soluço meu. – Você sabe que a culpa não foi sua.
Seu abraço se intensificava a cada soluço meu. Não era minha amiga, minha amante que estava ali, era o colo maternal de Melissa, que sempre aparecia quando eu mais precisava.
Eu ainda me sentia responsável pela morte dos meus pais. Eu havia pressentido, e resolvi ficar calada, não contar para ninguém, deixei que eles viajassem, para nunca mais voltar.
- você não teve culpa. Você não pode evitar o que tem que acontecer.
Aos poucos eu fui deitando a cabeça em seu colo e seus dedos foram afagando meus cabelos e secando minhas lágrimas.
- Eu amo você menina. Acredite quando digo isso. – seus olhos tinham outra expressão, uma expressão que há tempos eu não via.
- Eu poderia passar o resto da minha vida aqui, desse jeito. – levantei meus braços e enlacei sua cintura.
- Se quiser, eu não saio do lugar por um bom tempo. – seus lábios formaram um sorriso doce e seu rosto foi ficando cada vez mais perto do meu.
- Eu poderia te beijar agora e estragar todo esse momento. – disse ela beijando a minha testa.
- Por quê?
- Por que esse momento não precisa de beijo algum. – beijando minha testa novamente.
- talvez. – abri os olhos e ela me olhou intrigada.
- talvez?
- É. Talvez eu diga que te amo, só para ganhar um beijo seu. – meus lábios formaram um pequeno bico e ela sorriu, ela foi aproximando sua boca da minha.
- Não. – encostando o indicador sobre meus lábios e eu plantei um beijo no mesmo. – Esse momento é outro.
Ela aos poucos foi me tirando do seu colo e foi se deitando comigo, até colar nossos corpos e me abraçar com a mesma intensidade de antes. – Hoje você precisa é disso.

Ela tinha razão, afinal, eu precisava aproveitar o pouco tempo que resta.

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